Um antigo mito grego relata que a Esfinge Gizé, na cidade de Tebas, no Cairo, questionava os viajantes que passavam pela cidade com o enigma:
“Decifra-me ou te devoro! Qual o animal que de manhã tem quatro patas, ao entardecer tem duas e ao anoitecer tem três patas?” Resposta correta: “o homem”. Se não fosse respondido corretamente, o viajante era devorado pela esfinge.
A palavra enigma significa algo ou alguma coisa de difícil compreensão, difícil de definir ou de conhecer a fundo. As questões existenciais também podem ser definidas assim; os enigmas da vida sempre foram tema da investigação e inquietude humana.
Existe uma incansável busca do homem em conhecer, decifrar tudo que o cerca. Mas, ao mesmo tempo, outro enigma antigo escrito no templo de Delphos, “Conhece-te a ti mesmo” é, muitas vezes, ignorado.
O autoconhecimento muitas vezes demanda que se rompa com padrões de pensamento e comportamento. É tarefa extremamente difícil e dolorosa, que determina se o “viajante” será devorado pelo seu contexto existencial ou não. Sendo assim, o enigma da esfinge pode ser recolocado como, “Decifra-te ou te devoro”.
E então…já vem aquelas perguntinhas sem resposta me assombrar!
Enigma! Uma aura opaca, obscura que cumpre seu significado, diz sobre o desconhecido.
Já Sentiu Isto? Uma sensação de aperto no peito, nó na garganta, um desconforto que vem de não sei onde? Seria angústia? Mas quanto a quê? Por quê? De onde vim? Para onde vou?
Responde ao aperto que mitifica o percurso existencial. A partir de narrativas simbólicas, figurativas tenta explicar o contraditório, impondo seu conhecimento.
Decifra-me ou Te Devoro” que implora pelo “Conhece-te a ti mesmo” mas, do que estamos falando?
– De autoconhecimento e ponto final.